sábado, 21 de julho de 2007

  • Ser criança!...
    Assim em jeito de poema...

    Era uma vez uma criança!...
    TERNA HERANÇA!...
    A quem toda a gente lhe dizia:
    FANTASIA!...
    Ter direito à vida e à esperança,
    QUE NÃO CANSA,
    E a quem ela sempre respondia:
    Porque é que os bébés vêm de França?...
    POR POUPANÇA!...
    Respondia!...
    Se são brancos como a luz do dia?!...
    IRONIA!...
    Se são negros choram com voz mansa,
    na calma melancolia?... MONOTONIA!...
    SER CRIANÇA...,
    Fomes fartas de direitos,
    quem diria?!...
    Ser criança,
    Ter esperança,
    mil sonhos que sonho de alegria…
    Ser criança!
    Ter esperança!...
    Coisas que afinal eu já sabia!...
    Normalmente inicio estas minhas crónicas domésticas com uma quadra de Aleixo que procura ilustrar a escrita e o tema. Hoje dou largas à veia poética e tento rabiscar um poema que diga o que me vai na alma e das preocupações que me afligem mas também das alegrias e dos bem feitos pelas crianças!... Foram muitos anos a dar-me, por inteiro, à sua causa, quer no Ensino como professor quer nas mais diversas actividades culturais em que participei e onde, por razão justa e merecida, sempre elevei crianças e jovens por serem as gerações vindouras que urgia preparar, motivar e engrandecer!... Não foi um trabalho inglório mas, confesso, foi pouco porque era necessário fazer mais, não obstante as ajudas de Entidades, Autarquias e Instituições! E elas continuam a ser hoje a minha grande satisfação e também a minha projecção como pessoa interessada no seu desenvolvimento e formação!...
    Vem esta introdução a propósito de actividades que, talvez pouco divulgadas mas cujo êxito os meses e os anos o têm demonstrado, se destinam aos mais pequeninos como forma de transmitir valores e ensinamentos para a vida!
    E aqui é de referir o trabalho profícuo que a Companhia de Teatro Fech’ó Pano vem desenvolvendo com a apresentação de peças para a infância e animação com fantoches, artes que dinamizam as camadas etárias mais carentes de cultura e que constituem uma plateia ávida de ilusão e espectáculo! O valor pedagógico das representações, bem como a transmissão de valores e princípios são a mais valia que a Companhia citada leva através da sua actividade destinada à infância!
    E agora, neste festival internacional que corre e que será referido noutra crónica a propósito do que esta terra tem e pode dar, uma vez mais a preocupação com os mais pequenos é evidente numa programação que tem em conta, através do Teatro e das Marionetas, a animação infanto-juvenil!
    Estão de parabéns a Companhia Fech’ó Pano e a Autarquia através do Pelouro da Cultura já que, para sua satisfação e minha alegria, há preocupação e interesse manifestos no sentido da sua elevação cultural!... Assim houvesse sempre, em termos de mecenato e interesse dos pais e educadores que deviam estar mais atentos ao que se faz em prol das crianças!...
    Hoje as minhas Torres dirão apenas duas frases para completar este discurso directo de elogio mas também de alerta e de empenho!...
    - Sra Torre do Sino! Dê a Senhora o exemplo e cite a palavra de Deus!... Eu limito-me, tão só, a dizer que o melhor do mundo são as crianças!...
    - Pois Senhora Torre do Relógio! Repito apenas a frase que correu séculos:
    “Deixai vir a mim as criancinhas…”

    Ser Criança
    Ter esperança
    Coisas que afinal eu já sabia!...


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